Campeãs tiveram de puxar dos galões

Portugal protagonizou uma excelente primeira parte frente à Espanha e o 2-0 ao intervalo só pecava por escasso. Mas, na etapa complementar, as tricampeãs do Mundo mostraram a verdadeira face e viraram o resultado.

Campeãs tiveram de puxar dos galões

Sem receios e olhos nos olhos, Portugal entrou determinado frente a uma selecção espanhola que conquistou os últimos três Campeonatos do Mundo e os últimos seis da Europa. Mas, a vencer por 2-0 ao intervalo, acabariam por ceder por 2-3.

Explorando várias vezes as costas da defensiva de Espanha, as portuguesas tiveram sucesso aos quatro minutos, com Sofia Moncóvio a desmarcar-se para o primeiro do jogo.

Esperava-se a reacção espanhola, uma armada verdadeiramente invencível nos últimos anos, mas a selecção portuguesa soube proteger a baliza de Cláudia Vicente, com a guarda-redes turquelense a defender tudo o que sobrava. E as pupilas de Hélder Nunes nunca deixaram de espreitar o ataque, mantendo as adversárias em sentido.

Com o passar do minutos, a Espanha crescia, mas sem eficácia perante um bloco luso bem coeso. E, a três minutos do intervalo, Marlene Sousa ampliava num golo de belo efeito que colocava alguma justiça no marcador. Portugal foi mais intenso, mais rápido sobre a bola, mais organizado tacticamente.

Mas o descanso transformou a Espanha.

Com mais certeza nas suas acções e pressão alta, a selecção orientada por Ricard Muñoz mostrou outra face. Portugal ainda conteve a "revolta" espanhola 11 minutos, mas Sara Roces reduziu. E quatro minutos volvidos, Aina Florenza empatava. O ritmo agora imposto pela selecção do país vizinho era mais condigno com o seu estatuto e hegemonidade e Florenza bisaria para a reviravolta no marcador.

Faltavam oportunidades a Portugal e um livre directo, depois de azul à ex-benfiquista Marta Piquero era uma soberana oportunidade. Mas a jovem Inês Severino não conseguiu bater Laura Vicente e a selecção das quinas também não aproveitou o powerplay que se seguiu. Reposta a igualdade numérica, a Espanha geriu o que faltava jogar.

Esta quarta-feira, a fechar a fase de grupos, Portugal disputa com o Chile das benfiquistas Maca Ramos e Cata Flores o 2º lugar no grupo A. As portuguesas têm vantagem no goal average e bastará o empate para um cruzamento "mais favorável" nos quartos-de-final.

AMGRoller Compozito

Partilhe

Facebook Twitter AddToAny
Outros artigos do dia
Começar com alta intensidade

Começar com alta intensidade

Era um primeiro jogo que nem Espanha, nem Argentina, desejavam que fosse frente a outro candidato. A Argentina levou a melhor e o Aldo Cantoni teve a sua influência.

Defender para ganhar

Defender para ganhar

Portugal e França concordaram na justiça do triunfo luso, num jogo que os gauleses já anteviam diferente da vitória de Paredes. Renato Garrido, que cumpre um sonho com a presença em San Juan, crê num outro, baseado no rigor defensivo.

Argentina vence Espanha numa ode ao Hóquei em Patins

Argentina vence Espanha numa ode ao Hóquei em Patins

O primeiro dia de Mundial fechou com um jogo extraordinário entre Argentina e Espanha, digno de uma final, abrilhantado por inúmeras estrelas do firmamento português. Lucas Ordoñez foi decisivo com um hat-trick.

Portugal vence França em jeito de redenção

Portugal vence França em jeito de redenção

Numa espécie de redenção do último Europeu, Portugal iniciou a defesa do título Mundial com uma vitória afirmativa sobre a França por 5-1.

Angola de outro patamar vence Moçambique

Angola de outro patamar vence Moçambique

O 45º Campeonato do Mundo arrancou com um duelo africano. Angola mostrou outra rodagem nestes palcos e venceu Moçambique, marcado por dificuldades na sua preparação, por 2-5.