Gijón categórico na sexta conquista europeia

O Gijón repetiu uma exibição categórica e sagrou-se campeão europeu pela sexta vez ao vencer o Vila-Sana por 6-1, com Sara Roces de novo em destaque. Ana Catarina Ferreira e o técnico Nuno Canelas dão cunho português ao triunfo asturiano.

Gijón categórico na sexta conquista europeia

O Gijón venceu a Liga dos Campeões Feminina que se decidiu este fim-de-semana no Pavilhão Fidelidade, em Lisboa, repetindo o triunfo de 2018, no mesmo palco.

As Astúrias são uma região do "contra". No século VIII recusou-se ao domínio muçulmano total da Península Ibérica e dali começou a reconquista cristã. E, no Hóquei em Patins feminino, teima em contrariar quem diz de forma redutora que a modalidade se joga apenas "em Portugal, na Catalunha e numa cidade da Argentina".

Marta Piquero inaugurou o marcador de grande penalidade.
Marta Piquero inaugurou o marcador de grande penalidade.

Depois de uma vitória por 6-3 sobre o anterior (bi) campeão europeu, Palau, tendo estado a vencer por 5-0, o Gijón voltou a ser categórico na final frente às também catalãs, com forte "pronúncia" argentina, do Vila-Sana. E Sara Roces, que marcara cinco golos nas "meias", voltou a ser determinante, desta feita com um hat-trick.

Sob o olhar de Carlos Nicolia e Roberto Di Benedetto, jogadores do Benfica, e dos seleccionadores ibéricos Ricard Muñoz e Hélder Antunes, o Vila-Sana entrou forte tal como frente ao Benfica no dia antes, mantendo o (aparente) controlo do jogo mesmo depois de Marta Piquero ter inaugurado o marcador aos oito minutos, de grande penalidade, batendo Anna Salvat, que só rendeu a portuguesa Sandra Coelho neste momento. Mas, sem que a equipa de Lluis Rodero conseguisse desfeitear a chilena Fernanda Hidalgo, as catalãs começaram a fraquejar.

Ana Catarina Ferreira foi esteio importante na manobra defensiva do Gijón.
Ana Catarina Ferreira foi esteio importante na manobra defensiva do Gijón.

Aos 14 minutos, Sara Roces marcava o seu primeiro tento no jogo, e as asturianas ganhavam (ainda) mais tranquilidade. Como na véspera, um golo sobre o intervalo, agora pela histórica Natasha Lee, que já anunciou o abandono no final da temporada, vincava a liderança no marcador.

O descanso não foi bom conselheiro para o Vila-Sana, que sofreria o 4-0, por Sara Roces, logo no primeiro minuto da etapa complementar. Julieta Fernandez reduziu, mas o Gijón controlava as incidências. Defendendo de forma muito organizada, contando com a "força" de Ana Catarina Ferreira, as asturianas, também com Hidalgo seguríssima, foram travando todas as investidas contrárias.

Sara Roces foi a figura maior desta Final Four. Apontou três golos na final depois de ter marcado cinco na meia-final.
Sara Roces foi a figura maior desta Final Four. Apontou três golos na final depois de ter marcado cinco na meia-final.

A seis minutos e meio do fim, Sara Roces, a figura maior desta Final Four, fez o 5-1 e "matou" a discussão. Com apenas dois minutos para jogar, Piquero terminou o que começara.

O Gijón, foi o primeiro vencedor da prova em 2007 e conquistou agora o troféu pela sexta vez - em 16 edições -, igualando o registo de triunfos do Voltregà. As asturianas venceram em 2007, 2009, 2010 e, em Portugal, 2012 (Almargem do Bispo), 2018 (Lisboa) e, agora, em 2023 (Lisboa).

Meias-finais

• MF1 • Gijón 6-3 Palau • 29.Abr

• MF2 • Vila-Sana 3-2 Benfica • 29.Abr

Final

Gijón 6-1 Vila-Sana • 30.Abr

AMGRoller

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